Considerando que a vulnerabilidade no turismo é um facto incontornável, e que os turistas costumam observar
e privilegiar os destinos que evidenciam medidas e ações viradas para a sua segurança e bem-estar, torna-se
relevante comunicar riscos e medidas de autoproteção adequadas às características físicas dos territórios,
bem como às atividades turísticas desenvolvidas.
A ocorrência de fenómenos naturais com efeitos catastróficos nos últimos anos, em destinos turísticos como
a Ilha da Madeira, tem contribuído para uma mudança de paradigma ao nível do conhecimento sobre os riscos
em áreas turísticas, assistindo-se à adoção de políticas abertas e transparentes em alguns destinos turísticos,
a fim de melhorar a imagem, reputação e confiança dos mercados. Contudo, verifica-se que a grande
dificuldade reside na forma de comunicar o risco - informação útil sobre situações de risco para que o turista
se sinta protegido e ao mesmo tempo seja protagonista da sua própria segurança,- o que por vezes leva à
omissão dos riscos, por preconceitos relacionados com o alarmismo e impactos negativos para a imagem do
destino turístico.
Neste contexto, os locais na Ilha da Madeira normalmente procurados pelos turistas para obtenção de
informações e/ou orientações (ex. Postos de Turismo), bem como os colaboradores ligados ao sector do
turismo e hotelaria, devem estar habilitados e munidos de informações sobre possíveis riscos e lugares
críticos (pontos que carecem de atenção redobrada no domínio da segurança por parte dos turistas), bem
como ao nível da divulgação de comportamentos e medidas de autoproteção a adotar. Adicionalmente, a
organização de campanhas direcionadas para consciencialização da população criará condições favoráveis
para a implementação de estratégias de comunicação e gestão de situações de risco.