O contexto urbano de São Paulo é caracterizado pela coexistência de atividades industriais, vias de
comunicação saturadas, áreas contaminadas, áreas de moradia entre as quais muitas são ocupações
irregulares. Como consequência, os habitantes são expostos a uma combinação inédita de riscos variados. A
CETESB, agência governamental responsável pela regulação de riscos sanitários e ambientais, desenvolveu
um forte potencial para o monitoramento, análise e regulamentações sobre o componente bio-físico de risco,
porém, falta-lhe o conhecimento de seu componente antrópico para desenvolver ferramentas, métodos e leis
melhor adaptados. Desta forma, apresentamos o projeto de pesquisa que está sendo desenvolvido em São
Paulo que propõe testar e construir metodologias pertinentes para analisar, revelar e valorizar a experiência
da população exposta ao risco a fim de contribuir com o desenvolvimento de uma cultura de risco e produzir
conhecimento complementar ao que já vem sendo produzido pelas instituições responsáveis pela gestão do
risco, como a CETESB.