This essay intends to capture the birth of the modern concept of time,
according to which the West was responsible for a universal sense of
History, were Europe assumed a leading role and a state of decadence
or stagnancy was attached to the remaining regions. In the 18th and
19th centuries, the imperial confrontation with the East consolidated this
hierarchy and, in certain circles, the deciphering of Sanskrit breathed
a new life into these taxonomies and theses that, in an explicitly racist
manner, perceived the Caucasian race (more and more associated with
the Aryan race) as the motor of History.
Este ensaio visa captar o encontro da conceção moderna do tempo,
segundo a qual caberia ao Ocidente a consumação do sentido universal
da história, mediação que colocava a Europa no papel de vanguarda e
as demais regiões num estádio decadente ou estagnado. Nos séculos
XVIII e XIX, o confronto imperial com o Oriente ajudou a consolidar
esta hierarquização e, em certos meios, o impacto da decifração do sânscrito
deu nova vida àquelas taxinomias e às teses que, em nome de um
racismo explícito, colocavam a raça caucasiana (cada vez mais sinónimo
de raça ariana) como motor da história.