À medida que o imperador Constantino consolidou o seu
poder como Augustus Maximus, o estado romano foi caminhando para
a progressiva tolerância, liberdade, proteção do cristianismo enquanto
religião e da Igreja enquanto instituição. Esta caminhada fez-se ao mesmo
tempo contra o paganismo e contra a pluralidade dos cristianismos
expressa nas múltiplas heterodoxias. O império romano terminará o
século IV com o catolicismo como religião de estado, inaugurando um
momento da história em que a Igreja e o poder político se imitam e se
associam numa defesa da unidade política e religiosa.