Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estudos ambientais e epidemiológicos em comunidades
expostas a fumaça proveniente da queima de biomassa em ambientes internos, indicaram relação consistente
entre a exposição e aumento de doenças respiratórias e, conseguentemente baixa qualidade de vida da
população exposta. A reduzida eficiência dos fogões tradicionais de cozinha se constitui um problema
ambiental para famílias de baixa renda do Ceará. A pesquisa objetivou uma análise relacionada ao uso dos
novos (ecoeficientes) e tradicionais fogões em três municípios do Estado (Limoeiro do Norte, Horizonte e
Maranguape) em habitações predominantemente rurais. No primeiro estudo de caso, em uma comunidade
com 75 famílias abrangidas pelo projeto, foi realizada aplicação de questionários e medições de conforto
ambiental no local. Concluiu-se que 13% do consumo de energia diz respeito ao gás butano e 87% está
relacionado ao uso de lenha, sendo que 20% das famílias sentem desconforto provocado pela fumaça e
aumento da temperatura interior causado pelos fogões melhorados. No interior de uma habitação, onde se
utiliza o fogão (ecoeficiente), a concentração máxima de CO2 foi 922 ppm e a temperatura média do ar 28ºC,
com baixos valores de umidade relativa média do ar, de 28%. O trabalho de monitoramento do conforto
ambiental nos três municípios foi finalizado, e os dados serão objeto do trabalho completo.