A mídia desempenha relevante função na formação de opinião pública sobre os mais diferentes temas, o que
reforça seu papel central na sociedade democrática; porém, nem sempre a informação é repassada de forma
adequada. Tal fato é particularmente relevante no caso de informações de caráter climático, estratégicas
para uma série de condutas que norteiam ações específicas no território e que apresentam potencial para
prevenir acidentes e perdas econômicas e/ou de vidas humanas. Ocorre que entre sua origem e seu receptor
a informação, intermediada pela mídia, pode sofrer distorções, simplificações, inconsistências e erros,
comprometendo seu uso. Foram avaliadas diversas notícias disseminadas de forma equivocada sobre
fenômenos atmosféricos veiculadas em diferentes mídias e em distintos períodos. Em geral as notícias foram
confusas, contraditórias, erradas, simplistas, alarmistas e sensacionalistas, podendo ter induzido a mal
entendidos ou mesmo descrença e desinteresse pela temática. Com isso, a mídia falhou em sua importante
função social, tanto como elemento-chave na tomada de medidas preventivas ou soluções mais eficientes
para minorar as consequências de futuros episódios, como em sua função educativa, mais desinformando do
que propriamente informando o leitor.