The aim of this article is to think about the affinity between “natural
right” and “cosmopolitism”. For this purpose, it is proposed, with reference to the
political philosophy of Leo Strauss, that the meaning of cosmopolitism in Modernity
differs from the classical one because both of them are related to different conceptions
of natural right. The main hypothesis is that modern cosmopolitism is a form of
relativism and that it is in complete opposition to the classical meaning of what is to
be a “citizen of the world”. Furthermore, it is argued that, in spite of the attacks of the
relativists, classical cosmopolitism, as well as classical natural right, is still possible as
a philosophical way of life.
Trata-se aqui de pensar sobre a afinidade entre as noções de “direito natural”
e “cosmopolitismo”. Para tanto, propõe-se, com referência à Filosofia Política de
Leo Strauss, que o sentido do cosmopolitismo na Modernidade se distingue daquele
que lhe era atribuído pelos clássicos por que ambos estão relacionados a diferentes
acepções do direito natural. A hipótese central é de que o cosmopolitismo atual é uma
forma de relativismo e está em radical oposição ao sentido clássico do que é ser um “cidadão
do mundo”. Além disso, argumenta-se que, a despeito dos ataques relativistas, o
cosmopolitismo clássico, assim como o direito natural que lhe corresponde, ainda são
possíveis como um modo de vida filosófico.