In this article, we argue that Brazil can return to a pendulary foreign
policy strategy similar to the 1930s and 1940s. This is possible because
the current configuration of global power is marked by the rise of rival
alliances – OECD and BRICS – and the Brazil is one of the few countries
that can play a pivotal role in this scenario. The central countries of
these alliances – China and the US – compete for power and influence,
and alliances are an important area of contention. This allows Brazilian
governments to take simultaneous actions of bandwagoning and soft-balancing,
something unthinkable in previous global orders. In addition, the
proliferation of complex regimes gives Brazil a network of institutional
protection against eventual punishments for commuting behavior.
Neste artigo argumentamos que o Brasil pode voltar a realizar uma
estratégia pendular de política externa em moldes similares às décadas
de 30 e 40. Isso é possível porque a atual configuração de poder global
é marcada pela ascensão de alianças rivais – OCDE e BRICS – e o
Brasil é um dos poucos países que podem exercer um papel pivotal. Os
países centrais dessas alianças – China e EUA – disputam espaços de
poder e influência, sendo as alianças um espaço importante de disputa.
Isso permite aos governos brasileiros exercerem ações simultâneas de
bandwagoning e soft-balancing, algo impensável em ordens globais
anteriores. Além disso, a proliferação de complexos de regimes dá ao
Brasil uma rede de proteção institucional contra eventuais punições por
comportamentos pendulares.