At a time not long ago, historians and archivists could be said to occupy a
common conceptual space. In recent decades, this conceptual partnership began to diverge.
On the one hand, the discipline of History has broadened the range of what questions
legitimately constitute a systematic examination of the past. The boundaries that defined
the province of historical scholarship, once so tightly drawn around states and institutions,
were expanding. The search for validation in forming a response to those questions has
pushed historians into new constructs of what constitutes a legitimate and an authoritative
historical source. At the same time the world of archives and archival administration was
changing in response to pressures derived from the complexities of modern life. Among
those were 1) the problem of the bulk of records, 2) the challenge of finding resources for
archival operations, and 3) the onslaught of new information technologies. These developments
moved archival work away from a traditional focus on professional historical work.
The convergence in the disciplines of History and of Archival Science once considered in
full partnership has resulted in divergent conceptual frameworks for understanding historical
documentation; between the evolving conceptual frameworks for historical research and
those related to the efficient and practical retention of records.
Até recentemente, poderíamos afirmar que historiadores e arquivistas ocupavam
um espaço conceptual em comum. Nas últimas décadas, essa parceria conceptual
começou a divergir. Por um lado, a História, como disciplina, ampliou o leque de questões
que considerou legitimamente constituírem um exame sistemático do passado. As fronteiras
que definiam a província da História, em tempos tão rigidamente delimitada pelos
Estados e pelas instituições, começaram a expandir-se. A busca por validação na formação
de uma resposta a essas questões levou os historiadores a novas formulações sobre o que
constitui uma fonte histórica legítima e autorizada. Ao mesmo tempo, o mundo dos arquivos
e da administração arquivística estava em mutação, em resposta às pressões derivadas
da complexidade da vida moderna. Entre elas contam-se 1) o problema da quantidade
de documentos, 2) o desafio de encontrar recursos para as operações arquivísticas e 3) a investida de novas tecnologias da informação. Estes desenvolvimentos afastaram o trabalho
arquivístico do foco tradicional, o labor histórico profissional. A convergência entre
as disciplinas História e Arquivística, antes pensada enquanto parceria plena, resultou em
estruturas conceptuais divergentes para o entendimento da documentação histórica; entre
estruturas conceptuais em evolução para a investigação histórica e aquelas relacionadas
com uma preservação de documentos eficiente e pragmática.