Recognizing how the environment contributes
to quality of life and mental health
has meant that place is now considered
an important factor in explaining health
and living standards and rates of morbidity
and mortality. Several studies have
shown that vulnerable situations tend to
cluster together, leading to the co-occurrence
of various factors which increase
risk. This paper aims to identify vulnerable
areas in the municipalities of Amadora,
Lisboa, Mafra and Oeiras through
the assessment of environmental determinants
affecting mental health.
Environmental vulnerability (through
socio-economic and built environment
indicators) was assessed in order to contribute
to the knowledge of the urban
dynamic found in the studied municipalities.
Indicators with spatial auto-correlation
(assessed through Global and Local I
Moran method) were selected to join the
Principal Component Analysis (PCA). PCA
was complemented by clustering the
principal components through Hierarchical
cluster analysis.
Geographical clusters of socio-economic
and the built environment characteristics
which strongly contribute to mental
health status were identified: i) low urban
density, ii) poor housing conditions, iii)
poor accessibility to social facilities and
services, iv) low levels of education and
training, v) unemployment and vi) ageing
O reconhecimento do papel do ambiente na qualidade de vida
e saúde mental da população confere ao lugar (de residência/
trabalho/recreio) a capacidade de participar na explicação dos
padrões geográficos da saúde, doença e morte dos indivíduos.
Nesta perspetiva, vários estudos concluem que as situações de
vulnerabilidade agrupam-se em clusters, sugerindo uma amplificação
do risco identificada pela ocorrência simultânea de
vários fatores. Este trabalho pretende identificar territórios vulneráveis
nos municípios da Amadora, Lisboa, Mafra e Oeiras
tendo por base características ambientais com influência, potencial,
na saúde mental.
Foi avaliada a existência de situações de vulnerabilidade ambiental
(através de indicadores ambientais: socioeconómicos
e do espaço construído), tendo como objetivo contribuir para
aprofundar o conhecimento das circunstâncias que se verificam
nos concelhos em estudo. Indicadores com auto correlação espacial
(avaliada através do I de Moran Global e Local) foram
selecionados para a Análise de Componentes Principais. Posteriormente,
esta análise foi complementada com o método Classificação
Ascendente Hierárquica de formação de clusters.
Identificaram-se padrões de aglomerações espaciais relativas
às características do ambiente físico, social e económico que, de
acordo com a literatura, têm impacto na saúde mental: i) baixa
densidade populacional, ii) más condições de habitação, iii) má
acessibilidade geográfica a equipamentos e serviços, iv) baixas
taxas de formação e qualificação da população, v) altas taxas de
desemprego e vi) elevado envelhecimento da população.